segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Barquinho

Olha só a capa do disco da Maysa, um clássico de 1961 e, agora, trilha sonora oficial do Aragem.

"O barquinho", música do mestre Roberto Menescal em parceria com Ronaldo Bôscoli, um dos símbolos da bossa nova, faz agora aniversário de 50 anos.

O Alex já perguntou se vamos colocar esta gente toda no barco.


O Barquinho
(Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) - Faixa nº 1

Dia de luz
Festa de sol
E um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão e o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar
Sem intenção nossa canção
Vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis

Volta do mar desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar
Céu tão azul ilhas do sul
E o barquinho coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz tudo isso traz
Uma calma de verão e então
O barquinho vai
A tardinha cai
O barquinho vai


Site de origem:  Rio em Disco

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ficou branco

Estamos na etapa de primer e massa.

É uma pena esconder a madeira, mas, como ele foi recoberto com resina epóxi, que não tem resistência aos raios ultra-violeta, assim ele ficará melhor protegido, especialmente nas condições de luminosidade daqui dos trópicos.


O Imediato Erik e o mestre Maranhão

O belo formato do casco já pode ser visto.


Depois, é virar de volta para trabalhar convés, cabine e o interior.



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domingo, 21 de novembro de 2010

Vira virou

O Aragem já está com as tábuas que eram necessárias substituir no casco devidamente trocadas. Agora está de ladinho, recebendo a resina.


Esta vai para o álbum:  Alex, Marcos, Günther e Maranhão.

Estamos pensando em restituir sua cor original - casco vermelho, com fundo branco e, quem sabe, um deck de teca, se a profundidade do bolso for suficiente..
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O convés e cabine vem depois.


O ajudante sempre presente.

domingo, 14 de novembro de 2010

Obra de igreja

Devagar e sempre. O Aragem já está chegando na fase epoxi. Esta foi a solução adotada para impermeabilizá-lo. A resina epoxi é amplamente utilizada na fabricação e reforma de barcos devido às suas excelentes qualidades mecânicas, sua estabilidade química e a sua ótima adesão à madeira.




A técnica dispensa a calafetagem e a necessidade de manter o casco úmido constantemente, como era o normal antigamente, quando ainda não existiam estes materiais modernos.



 

Antes de aplicar a resina epoxi, corta-se uma calha entre as tábuas, onde cola-se uma régua de madeira, o que vai garantir a união entre estas.

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sábado, 30 de outubro de 2010

Hora da verdade

A grande questão desde a aquisição do barco era descobrir como estava a estrutura do casco, algo a ser descoberto quando ele estivesse totalmente raspado.


Felizmente, somente algumas tábuas de cedro do costado e do fundo estavam comprometidas e tiveram de ser substituídas.



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ajudantes

Novos ajudantes na reforma do Aragem.

Alex dá sua contribuição.



Maranhão coça a cabeça...

Alex e Marcos já se imaginam correndo regatas com o Aragem.

Erik superisiona os trabalhos.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tümmler

Você reconhece o bigodudo em cima da cabine?

Prof. Albert Einstein on board of his sailing boat which he was given by friends.

O desenho é muito parecido com o do Carioca original, ou seja, com a proa absolutamente reta.







O barco, chamado Tümmler tinha comprimento total de 7,00m.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Aragem em forma

O amigo da Classe e sobrinho do comandante Kurt Wolff, Miguel Daddario, muito gentilmente enviou-nos estas belas fotos do Aragem em plena forma, nos anos 70.

O Aragem no ICRJ, em 1970


Mestre Gomes - "ship-shape and Bristol fashion"

Baixo, copiamos a íntegra de sua mensagem.

"Caro Marcos,

Eu tenho algumas fotos da temporada de 1970 da classe Carioca, mas como corri aquela temporada como proeiro do "Aragem" tenho mais fotos de outros barcos, e do proprio Aragem" só tenho duas fotos que estou enviando em anexo. 

A primeira é do barco na carreta, em frente ao hangar dos Cariocas. A ocasião era o primeiro teste de um novo spinnaker "Aug Meyer" em setembro de 1970. Aparecem na foto, da esquerda para a direita, Mestre Gomes, meu tio Kurt, Carlos Zayas, um marinheiro de quem não me lembro mais do nome, e o Madragoa, que correu também no "Aragem" antes de comprar o próprio barco.

A segunda é do Mestre Gomes timoneando o barco, o qual ele mantinha "ship-shape and Bristol fashion".

O Carioca é um barco belíssimo e uma das mais equilibradas versões do Jollenkreuzer.

Estou aqui torcendo para que o seu projeto de restauração seja um grande sucesso.

Miguel Daddario

terça-feira, 31 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Início das reformas

Primeiro esvaziar as tralhas. Depois, limpeza, raspagem da tinta e retirar a bolina.

A parte boa é que a maioria das tábuas do casco estão quase perfeitas.

Eis que aparece o cedro. Lindo.

E vão saindo as costelinhas quebradas...
Pronto para suspender para retirar a bolina.

O processo de recuperação das cavernas será lento e meticuloso, com réguas coladas com epóxi.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Viva o Lars!

O clássico 6 metros do Lars em regata.



"Acho a idéia formidável.

O Karioca é um barco clássico e com desenho arrojado para sua época: Vela talada e High-Aspect; Proa vertical; Head Foil.

Caso produzam novos barcos, é imperativo fazer um leme com perfil. O leme de chapa é caro e uma desgraça hidrodinâmica, além de duro de tocar.

Deveriam manter a cana de leme em formato de garfo. Fora a folha de leme, eu manteria o barco conforme a versão original brasileira.

Um Karioca do Sailing foi mandado para a Inglaterra e foi fotografado em revista especializada como destaque na tradicional Cowes Week. Lembram do "Mignon" do Padock?

Tem um Karioca precisando de reforma no Cota Mil Iate Clube em Brasília.

Outros do ICRJ foram doados e soube que um foi preservado por um Grupamento de Escoteiros...

Parabéns pela iniciativa.

Lars Grael"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cirrus

Taça Jornal do Brasil, K-1-26 "Cirrus" preparing to hoist the spinnaker

Publicamos aqui esta foto histórica com a autorização do Kurt Wolff, que foi dono do "Cirrus", e abaixo reproduzimos parte de uma mensagem que ele nos enviou :

"Você não sabe que surpresa agradável você me vez com o ressurgimento do Aragem, quantas lembranças de regatas com os Cariocas, que foi uma classe orgulhosa e unida.

O Carlos Gomes tinha um ciúme incrível do barco e vivia envernizando ele, motivo de muitas gozações: "você vai acabar furando o barco, raspando tanto!"
Um grande abraço,
Kurt J.F. Wolff"

Produção

O assunto da produção dos novos cariocas ainda encontra-se em fase de estudos.

O projeto deve ser avaliado em suas diversas variáveis, como a escolha do material e as técnicas de construção a serem empregadas, as alterações a serem orevistas no projeto (com ou sem cabine; torná-lo estanque; mastreação em alumínio, por exemplo) e toda a administração do processo.

Temos notícias de um está em vias de ser produzido nos padrões originais, já tendo sido, inclusive, comprada a sua madeira.

Estamos listando os interessados em serem os felizes proprietários de um, e  já temos umas 10 pessoas que se manifestaram pelo casco em fibra de vidro.

Se for seu caso, seja bem-vindo. Envie seus dados e participe desta discussão.

O que sabemos, ou pensamos saber, é que o custo dos barcos será inversamente proporcional à quantidade produzida.


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A história do Aragem

O Aragem foi encomendado pelo carioquista do ICRJ Carlos Gomes, sendo construido no Espirito Santo, em 1965, pelo famoso mestre carpinteiro naval Manoel da Rocha Rodrigues, mais conhecido como Manuel Vareta.

A partir daí, esperamos reconstruir a saga com as contribuições dos amigos e proprietários que se sucederam, como o Gilberto Chaudon e Carlos Schuler.

Suas dimensões básicas (ainda a serem confirmadas) são:
Comprimento total: 6,70m
Boca: 2,06m
Altura do mastro: 7,68m (a partir do convés)
Peso do casco: 680kg (mínimo estabelecido pela Classe)
Área vélica: 15m² (medidas retas dos triangulos da grande e buja, sem o balão)
Tripulação: 3 em regata e capacidade máxima de 5 pessoas

O Aragem vai para o estaleiro

Primeiro, força bruta e carinho, com o auxílio dos amigos do sailing.



Depois, o embarque, com a maestria do motorista Marcelo, da Geise Transportes Ltda, operando o munck e manejando o caminhão para vencer as ladeiras e curvas do clube.
E desembarque em Magé, com o mesmo cuidado.

E aí está ele, aos cuidados da turma dos mestres Günther e carpinteiro Maranhão, junto ao grande catamaran e ao novo Cangrejo (depois falaremos neles).

Expedição II - Negócios

E o que que é isso aqui?


E a tropa vai aumentando. Luciana, Roberto, André, Schuler e Temporal na cabine.
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Expedição I - A descoberta

Em junho de 2010, seguindo os passos dos primeiros exploradores do projeto, fomos ao Sailing (Rio Yacht Club), em Niterói, verficar as condições do barco.


E dalí mesmo o Ermel começou a fazer os contatos e negociações...
Who, where, when, how, how much?

O primeiro "K"

A letra "K" é o símbolo da Associação de Veleiros da Classe Carioca, fundada em novembro de 1946 na cidade do Rio de Janeiro, e figura na vela grande dos iates juntamente com os numerais.

O primeiro Carioca foi construido no Brasil por Harry Boll, a partir dos planos do barco desenvolvido por Ernst Retzlaff em 1938, que incorporava ao tradicional desenho dos jollenkreuzer da época uma cabine confortável.

Em um ano e meio de produção, o iole de Retzlaff vinha se destacando nas regatas européias, atingindo o número de mais de 45 barcos de diferentes modelos.

Com a ajuda de um amigo, engenheiro naval, Boll introduz algumas alterações no projeto original, aumentando o comprimento de 6,50m para 6,70m, mantendo a mesma linha d'agua.

Em 6 de setembro de 1941, foi lançado ao mar o "Hanseat", que ainda viria a se chamar "Gabiola" e, novamente adquirido por Boll após a 2ª Grande Guerra, rebatizado de "Trio", em homenagem ao novo membro da família, seu filho, Peter.